Garantia dos votos para vaga no TCU foi dada ao governador Eduardo Campos CAROL BRITO Após a desistência do deputado federal Sérgio Carneiro (PT-BA) de concorrer à vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), a expectativa sobre quem o PT apoiará para ocupar a cadeira do ministro aposentado Ubiratan Aguiar esquenta os bastidores da disputa. No mesmo dia em que o petista retirou o seu nome do páreo, a bancada do partido reuniu-se com o governador Eduardo Campos (PSB) e a candidata socialista, a deputada federal Ana Arraes. O encontro contou com nomes de peso, como o líder do PT na Câmara, Paulo Texeira, e o deputado federal Arlindo Chinaglia. De acordo com parlamentares pernambucanos, a maioria da bancada da sigla deverá votar com a socialista. No entanto, o presidente estadual do PT, deputado Pedro Eugênio, pondera que o momento é de abrir o diálogo com aliados e que a posição da legenda ainda não está definida. “Nós estamos discutindo isso ainda no partido. Meu apoio é para Ana, mas a bancada como um todo ainda está discutindo. Vamos debater esse assunto ainda. O fato de o PT não ter um candidato é um sinal de que estamos abertos para o diálogo e que queremos construir a unidade”, assegurou. Na reta final da disputa, a concorrência tende a ficar polarizada entre a parlamentar socialista e o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB). Para o deputado federal João Paulo (PT), o partido não deverá formalizar uma posição oficial para evitar desentendimentos na base aliada, mas o sentimento é que a maioria da bancada está com Ana Arraes. “A reunião (com o governador) explicitou o sentimento da maioria bancada, que está com Ana. O PT não deverá ter um posicionamento oficial, mas a maioria vai estar com ela”, destacou. Segundo uma fonte palaciana, a candidatura de Ana Arraes conta com o apoio da maioria das alas do PT, mas o grupo ligado ao líder do Governo na Câmara Federal, Candido Vaccarezza (PT), estaria apoiando Aldo Rebelo. A intenção do petista, de acordo com o interlocutor, seria desviar os votos que seriam da socialista para o seu candidato, o líder do PTB da Câmara, Jovair Arantes. Mas, de acordo com o deputado federal Fernando Ferro, a posição do líder é minoritária. “É minoria. Ele deve estar com outro acordo, mas não é o posicionamento majoritário. Ele não manda na bancada”, enfatizou. Com a disputa entre integrantes da base aliada tão acirrada, o Palácio do Planalto deverá optar por uma postura neutra. “O Palácio não entra porque é ruim se envolver em uma disputa que reúne vários membros da base”, colocou, João Paulo. FOLHA DE PERNAMBUCO 03/10/2011 |
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Maioria do PT está com Ana Arraes
Dirigente do PSB intensifica articulação
Na reta final da disputa pelo nome que ocupará a vaga de Ubiratan Aguiar no Tribunal de Contas da União, o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos intensifica as movimentações em prol da candidatura da deputada federal Ana Arraes (PSB). Anteontem, o socialista e a parlamentar se reuniram com cerca de 100 deputados em jantar promovido pelo deputado federal Domingos Neto (PSB-CE). O encontro teria deixado uma boa impressão no dirigente socialista, que saiu com o sentimento de que a bancada está unida em torno do nome de Ana Arraes. Na última quarta-feira, os socialistas se encontraram com a bancada petista, no mesmo dia em que o deputado federal Sérgio Carneiro (PT-BA) retirou o seu nome da disputa. O sentimento no Palácio das Princesas é que a posição da maioria da legenda petista é à favor da candidatura de Ana Arraes. Já o posicionamento das siglas oposicionistas não estaria sendo considerado uma ameaça pelo presidente socialista. De acordo com um interlocutor palaciano, a falta de um nome da oposição para a disputa dificultaria as chances de o bloco se aglutinar. Os rumores de que a oposição poderia apoiar uma candidatura alternativa surgiu com a sinalização do PPS de que iria favorecer um nome com perfil técnico. Nesta semana, o PSDB garantiu apoio à candidatura da socialista. Segundo a fonte palaciana, o apoio teria sido favorecido pela proximidade do governador pernambucano com o presidente nacional da sigla tucana, deputado Sérgio Guerra. Contudo, apesar das costuras de apoio e do sentimento positivo da Câmara Federal, o governista adiantou que os socialistas analisam a disputa como imprevisível. “Não tem como prever a votação porque o voto é secreto”, ponderou. Quanto aos rumores de que o Palácio do Planalto estaria tendendo a apoiar a candidatura de Aldo Rebelo, a fonte palaciana acredita que a presidente Dilma Rousseff (PT) não se envolverá na disputa. Folha de Pernambuco 03/09/2011 |
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Sem pressa para 2012
Pedro Eugênio contradiz o
aliado Fernando Ferro.
Imagem: ROBERTO
RAMOS/DP/D.A PRESS
aliado Fernando Ferro.
Imagem: ROBERTO
RAMOS/DP/D.A PRESS
O governador Eduardo Campos (PSB) não demonstra “pressa” no calendário político. Antes de “desfilar” em frente à Praça da República para apertar as mãos de motoristas e bombeiros que vão trabalhar no programa Pernambuco Conduz, orçado em cerca de R$ 2,8 milhões, o governador repreendeu, sem citar nomes, os que querem antecipar nomes para a disputa do Recife em 2012. Questionado quando anunciava seu prefeiturável, ele afirmou: “Quem votou comigo quer que eu cuide de outras coisas. Minha pauta é a real, a da governança, a da entrega, a de mais trabalho. Se eu não tivesse agido dessa forma (evitado em falar de eleição), não teria tido 82% dos votos na eleição passada”, pontuou.
Eduardo Campos não quis falar sobre as declarações do deputado federal Fernando Ferro (PT), que transferiu o papel de protagonista em 2014 para o próprio PT. Mas não fez uma defesa veemente do prefeito do Recife, João da Costa (PT), ao ser questionado sobre as denúncias que o petista enfrenta na Câmara dos Vereadores. “Meu papel é ver quem o povo elegeu (para tratar todos iguais). Agora, eu tenho uma regra: vocês da imprensa não me veem falando mal de adversários, quanto mais de companheiros da Frente Popular”.
Em entrevista por telefone, no exterior, o presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, seguiu uma linha semelhante a do governador, após Ferro afirmar que João Paulo deveria permanecer no PT para concorrer ao governo do estado. Eugênio frisou que João da Costa é o candidato natural em 2012, mas também negou que já houvesse “um consenso”, como garantiu Ferro. “Fiquei surpreso porque não houve essa discussão”, relatou. “Vamos acalmar todo mundo, porque não discutimos nem 2012, quanto mais 2014”. (A.M.)
Eduardo Campos não quis falar sobre as declarações do deputado federal Fernando Ferro (PT), que transferiu o papel de protagonista em 2014 para o próprio PT. Mas não fez uma defesa veemente do prefeito do Recife, João da Costa (PT), ao ser questionado sobre as denúncias que o petista enfrenta na Câmara dos Vereadores. “Meu papel é ver quem o povo elegeu (para tratar todos iguais). Agora, eu tenho uma regra: vocês da imprensa não me veem falando mal de adversários, quanto mais de companheiros da Frente Popular”.
Em entrevista por telefone, no exterior, o presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, seguiu uma linha semelhante a do governador, após Ferro afirmar que João Paulo deveria permanecer no PT para concorrer ao governo do estado. Eugênio frisou que João da Costa é o candidato natural em 2012, mas também negou que já houvesse “um consenso”, como garantiu Ferro. “Fiquei surpreso porque não houve essa discussão”, relatou. “Vamos acalmar todo mundo, porque não discutimos nem 2012, quanto mais 2014”. (A.M.)
Diário de Pernambuco
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